quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Efeito climático pode ter matado 17% mais árvores na Amazônia, diz estudo

Amazônia mostra sinais de degradação devido a mudanças climáticas (Foto: Divulgação/NASA/JPL-Caltech)
(Foto: Divulgação/NASA/JPL-Caltech)
Um estudo realizado em conjunto entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros aponta que o número de árvores mortas na Amazônia por conta de tempestades, secas e outros fenômenos climáticos é subestimado em análises tradicionais, podendo ser de 9% a até 17% maior do que o previsto anteriormente.
A mortalidade destas árvores tem sido ignorada porque as análises comuns se baseiam apenas em trabalho de campo e em inventários florestais, disse ao G1 o pesquisador Niro Higuchi, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), coordenador do grupo brasileiro que participou do estudo.
A pesquisa foi publicada nesta semana no site da renomada revista "Proceedings of the National Academy of Sciences", mantida pela Academia Americana de Ciências. Além do Inpa, também participaram cientistas da Universidade da Califórnia, da Universidade Tulane e do Laboratório Nacional de Berkeley, todos nos EUA, além de pesquisadores do Instituto Max Planck para Biogeoquímica, na Alemanha.
Para dar uma ideia da força que eventos meteorológicos têm sobre a Amazônia, Higuchi citou como exemplo uma grande tempestade ocorrida na floresta, em janeiro de 2005, que destruiu mais de 500 milhões de árvores segundo suas contas. O fenômeno teve rajadas de vento de até 140 km/h.
Nova ferramenta
Para fazer uma avaliação mais precisa do número de árvores destruídas por fenômenos climáticos e de sua contabilização nas emissões de CO2 pela floresta, os cientistas desenvolveram uma nova ferramenta que combina imagens de satélite da Amazônia e levantamentos "in loco".
Batizado de Trecos ("Tropical Tree Ecosystem and Community Simulator", no nome em inglês), o modelo foi preparado com imagens de satélite de uma série histórica com mais de 20 anos.
"Medir os efeitos do desmatamento é relativamente fácil, hoje em dia há vários métodos em campo e boa cobertura de satélite. Mas fenômenos como chuvas, tempestades e seca não seguem um padrão, são espalhados por toda a Amazônia. Há muita dificuldade de se chegar em certas áreas da floresta", afirma Higuchi.


Fonte: G1/Natureza 

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Peixes ficarão menores e mais escassos nos oceanos, diz estudo

Correntes de vento e maré alta dificultam a pesca em Vitória (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
Foto: Reprodução/TV Gazeta
A pesca industrial e as mudanças climáticas podem impactar no tamanho dos peixes e torná-lo mais vulneráveis a predadores, de acordo com estudo realizado por cientistas australianos e finlandeses, publicado no periódico "Biology Letters", da Academia de Ciências Britânica. Com isso, aumenta o risco de extinção de espécies cruciais para alimentação dos humanos.

Estudiosos já tinham observado como a pesca industrial, ao capturar os espécimes maiores, e o aquecimento global, ao reduzir o teor de oxigênio dissolvido nos oceanos, reduzem o tamanho médio dos peixes. Mas as consequências mundiais e de longo prazo deste fenômeno eram desconhecidas.

Um modelo feito em computador deste encolhimento progressivo nos próximos 50 anos tenta compreender o impacto sobre a população de cinco espécies de peixes do Oceano Pacífico. Eles chegaram à conclusão de que, mesmo com um tamanho reduzido em apenas 4%, em média, a taxa de mortalidade vinculada aos predadores poderia aumentar em até 50% e o volume de pesca diminuiria proporcionalmente.

"Mesmo uma ligeira diminuição no tamanho de uma espécie de peixe pode ter efeitos importantes em sua mortalidade natural", acrescentaram os cientistas. Seus cálculos consideraram cinco espécies comumente pescadas por barcos de arrasto australianos, entre elas o hoki, o congro-rosa e uma variedade de peixe-crocodilo.

Segundo seus modelos, a massa total de cada espécie diminuiria entre 5% e 35%, com exceção do hoki. Se o tamanho médio deste peixe encolher muito, o número de hokis aumentaria 10% enquanto eles se aproximariam das zonas costeiras para escapar de seus predadores.

Para os cientistas, não há dúvidas de que o ser humano está em curso de mudar os ecossistemas marinhos de todo o planeta, diretamente através da pesca ou indiretamente devido ao aquecimento do clima. "As práticas que ignoram as mudanças atuais correm o risco de sobrestimar os recursos em longo prazo e conduzir à sua superexploração", insistiram os autores do estudo.
 
Fonte: G1/ Natureza

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Apicum é objeto de pesquisa de mestrado



Mapeamento de manguezais e apicuns como subsídio para a sustentabilidade no município de Luis Domingues”. Foi assim intitulada a dissertação de Fabrício Baltazar, mestrando em Sustentabilidade de Ecossistemas pela Universidade Federal do Maranhão.

 A hipótese do mestrado centra-se na ideia de que o apicum está ligado ao manguezal, ou seja, só pode existir apicum se existir manguezais. Outra discussão que é mencionada na sua dissertação é a questão do novo código florestal. “Por não haver uma clareza do que é apicum, se ele faz ou não faz parte dos manguezais, se ele tem alguma relação com esse ecossistema, então por falta dessas informações, desses esclarecimentos, é que há toda essa discussão em relação ao novo código florestal”, explica Fabrício.

Segundo o autor, o objetivo do mestrado é poder contribuir com a comunidade científica, ampliando o conhecimento que se tem sobre os apicuns, pois se percebe que esse conhecimento é muito restrito. “Vejo que falta trabalhos específicos sobre apicuns, essa dissertação vem justamente contribuir com essa falta de informação sobre os apicuns”, disse.
 
Buscando contribuir com a população de Luis Domingues é que o mestrando desenvolveu sua dissertação. “A minha família é de Luís Domingues, e fica em uma área das reentrâncias maranhenses, já bem próximo do Pará. Os manguezais de lá são bastante vastos, há necessidade de se proteger os apicuns e conhecer melhor o ecossistema manguezal. No sentindo de dar uma colaboração para a comunidade de Luis Domingues é que eu aproveitei a oportunidade de desenvolver meu trabalho lá”.

Durante a quinta edição do Congresso Brasileiro de Oceanografia (CBO’2012), o mestrando apresentou o trabalho “Mapeamento das unidades de paisagens para o estudo da conectividade entre os ecossistemas costeiros do município de Luís Domingues, APA das reentrâncias maranhenses”, resultado parcial do mapeamento realizado em Luis Domingues, juntamente com outros membros do Cermangue. A defesa da dissertação está prevista para o mês de março.

Sobre o autor
Graduado em Ciências Biológicas desde 2006, Fabrício Baltazar está sendo orientado pela Professora Dra. Flávia Mochel, Coordenadora do Cermangue. 

Redação: Dianna Ribeiro
Revisão: Paiva Silva 

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Convênio entre SEMA/MA e o FNMA fortalecerá a gestão de Recursos Hídricos no Maranhão


Foto: Edgar Rocha/ Sistema Hidrográfico 
O convênio com o Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA) do Ministério do Meio Ambiente (MMA) para financiamento da elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos do Maranhão foi assinado pelo Secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais, Victor Mendes, no dia 31 de dezembro de 2012, na sede do órgão estadual ambiental, em São Luís.

O Plano Estadual de Recursos Hídricos do Maranhão será composto por diagnósticos das dinâmicas socioeconômica e ambiental, de disponibilidade hídrica, das demandas e variabilidades hídricas, do cenário tendencial das demandas hídricas e diretrizes, programas e metas.

A construção do Plano, em todas as suas fases, contará com a participação da população maranhense por meio de oficinas de trabalho e de audiências públicas, além da participação do Conselho Estadual de Recursos Hídricos.

Atualmente, o Maranhão não dispõe de nenhum mecanismo de gestão semelhante ao plano. Conta apenas com estudos pontuais e em algumas áreas do estado.  Por isso a elaboração desse plano representa um grande avanço na implementação da Política Estadual de Recursos Hídricos explicou a superintendente de Recursos Hídricos do órgão ambiental maranhense (Sema), Laís de Morais Rêgo. "Este é um passo muito importante para o Estado, tendo em vista que o plano representa um salto na gestão, possibilitando que a população tenha mais acesso à informação sobre a situação quali-quantitativa da água no nosso Estado, permitindo ao órgão gestor mais proximidade no gerenciamento de conflitos pelo uso da água”.

Foto Ascom/ Sema: Assinatura do Convênio
A elaboração do PERH vai acontecer em um momento de intenso fortalecimento da gestão dos recursos hídricos no Maranhão. Isso porque a Lei que institui a Política Estadual de Recursos Hídricos (n° 8.149/2004) foi regulamentada com a elaboração de dois decretos, contando com a participação de representantes da sociedade civil, do poder público e dos usuários de água, sendo um referente à gestão de águas superficiais (n° 27.845 de 18 de novembro de 2011) e outro referente à gestão de águas subterrâneas (n° 28.008 de 30 de janeiro de 2012).

Segundo o Secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão, Victor Mendes, o Plano Estadual de Recursos Hídricos representa um instrumento de gestão fundamental para o Estado. “É um documento de diagnóstico dos recursos hídricos, e ao mesmo tempo, um estudo integrado com outros instrumentos que o Maranhão já está implementando. Entre eles, podemos destacar a adesão ao Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos (CNARH), o Sistema de Informação de Águas Subterrâneas (SIAGAS) e a outorga de direito de uso da água que, aos poucos, estão compondo o sistema de informação estadual de recursos hídricos”, explicou Mendes.


Fonte: SEMA / MA


quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Inscrições para mestrado profissional em Energia e Meio Ambiente na UFMA

A Universidade Federal do Maranhão, por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PPPG/UFMA), torna público o Edital PPPG Nº 52/2012, relativo à abertura das inscrições para o Mestrado Profissional em Energia e Meio Ambiente (PPGEA). O objetivo é oferecer uma formação ampla e interdisciplinar, de modo a possibilitar o aprendizado de práticas profissionais em organizações públicas e privadas do setor de energia. As inscrições custam R$ 150 e podem ser feitas de 7 de janeiro a 22 de março de 2013, das 14h30 às 17h30, na Secretaria da Coordenação de Pós-Graduação Energia e Ambiente, localizada no Centro das Ciências Exatas e Tecnologia (CCET), Bloco 02, Sala 104, térreo, na Cidade Universitária.

Por ser interdisciplinar, o Mestrado é destinado a profissionais portadores de diploma de curso de graduação, preferencialmente, aqueles que exerçam atividades na área de Engenharia, tecnologia e/ou gestão. São dez vagas disponíveis em processo seletivo único com três etapas: prova de proficiência em língua inglesa; prova escrita de conhecimentos gerais sobre energia e ambiente; e análise do currículo. Os resultados de todas as etapas vão ser divulgados no site da UFMA, na coluna de editais, e no site do PPPGEA.

O PPGEA está vinculado à área interdisciplinar da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), com concentração única em Energia e Ambiente e duas linhas de pesquisa: produção e gerenciamento de energia e avaliação técnica e gestão ambiental de projetos de energia. A duração do curso é de 24 meses e as aulas presencias devem ser ministradas na própria Cidade Universitária. Para mais informações, ligue (98)3272-9270/3272-9268, ou envie e-mail para ppgea@ufma.br


Fonte: UFMA

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

05 dicas verdes Cermangue

Você quer ajudar o meio ambiente, mas não sabe o que fazer? O Cermangue te ajuda!
                Conheça 05 dicas verdes que podem melhorar o planeta. 
               


                                                                                                                  Fique atento às próximas dicas!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Divulgado calendário do período de Defeso do Caranguejo


Em todos os anos o defeso do caraguejo-uçá acontece em datas diferentes, este ano (2013), o primeiro período do defeso ocorrerá em janeiro, de 12 a 17 de janeiro e de 28 de janeiro a 02 de fevereiro. O segundo período ocorre de 11 a 16 de fevereiro e de 26 de fevereiro a 03 de março e o último período acontecerá em março de 12 a 17 e de 28 de março a 02 de abril.

Nesses períodos ficam proibidos a captura, transporte, beneficiamento, industrialização e comércio de qualquer indivíduo dessa espécie nos estados da região nordeste (Maranhão, Piauí, Pará, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia).

Conhecido popularmente pelos pescadores como período de “andada”, períodos esses, quando os caranguejos machos e fêmeas saem de suas galerias (tocas) e andam pelos manguezais para o acasalamento e liberação dos ovos, o defeso tem como finalidade garantir a preservação da espécie caranguejo-uçá (Ucides cordatus), além do equilíbrio ecológico dos manguezais, berçários da vida marinha.

As pessoas físicas ou jurídicas que atuam na captura, manutenção em cativeiro, conservação, beneficiamento, industrialização ou comercialização desta espécie no estado, deverão fornecer ao Ibama até o último dia que antecede cada período de andada previstos na Instrução Normativa, a relação detalhada dos estoques de animais vivos, congelados, pré-cozidos, inteiros ou em partes.


Fonte/Foto:Infonet

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Pesquisador cria software para simular o impacto da elevação do nível do mar em São Luís


O maranhense Denilson da Silva Bezerra apresentou, nesta última sexta (4), ao vice-governador, Washington Luiz Oliveira, uma ferramenta computacional para simular o impacto da elevação do nível do mar em São Luís. O software, que é fruto da tese de doutorado no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), constitui-se em uma plataforma digital pública para subsidiar na elaboração de políticas públicas.

"Desenvolvi um modelo aplicado para minha terra. Quero retribuir ao meu estado todo investimento em minha formação acadêmica", afirmou o pesquisador. Denilson é graduado em Ciências Aquáticas e mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Maranhão, e especialista pela Universidade Estadual do Maranhão.

Ele explicou que a plataforma computacional permite aos gestores públicos a identificação dos impactos da elevação do nível do mar em São Luís nos próximos anos, verificando índices de consumo de água, crescimento populacional, impacto de obras, áreas degradadas, entre outros.

"O foco é perceber como Manguezal vai responder à elevação do nível do mar, tendo em vista que a segunda maior concentração de mangue está no Maranhão", acrescentou, destacando que São Luís será a primeira capital brasileira a utilizar o software.

Após a apresentação do projeto, o vice-governador destacou a importância da ferramenta para fortalecer as ações e programas estratégicos do Governo do Maranhão. "Essa ferramenta deverá ser apresentada na reunião do Conselho de Gestão Estratégica das Políticas Públicas de Governo (Congep), para que todos os secretários possam conhecer o programa e perceber aplicabilidade nas políticas públicas desenvolvidas pelo governo", ressaltou Washington Luiz.

Fonte: Jornal Pequeno

sábado, 5 de janeiro de 2013

2013 é o Ano Internacional para a Cooperação pela Água

As Nações Unidas escolheram 2013 como o Ano Internacional para a Cooperação pela Água, criado por uma resolução da Assembleia Geral. O objetivo é promover uma maior interação entre nações e debater os desafios do manejo da água.
Segundo a ONU-Água, existe um aumento da demanda pelo acesso, alocação e serviços relacionados a esse bem natural. O ano vai destacar iniciativas de sucesso sobre cooperação pela água.

Objetivos 
O controle da água entre fronteiras também é um dos focos, como explicou à Rádio ONU, de Lisboa, a relatora especial para o Direito à Água e Saneamento, Catarina de Albuquerque.
"Pretende pôr um enfoque na importância da cooperação, precisamente do trabalho em conjunto, do diálogo, para evitar conflitos em casos de cursos de água transfronteiriços. Há tensões que podem ser evitadas se nós cooperarmos. Se sentarmos à mesa de negociações, os diferentes países, que partilham um determinado curso de água, para tentar arranjar as melhores soluções e assegurar que conseguem ter água suficiente para aquilo que necessitam." 

Rio+ 20
Outra ideia é apoiar a formulação de novos objetivos que contribuam para o desenvolvimento de recursos sustentáveis da água. Serão revistos ainda os compromissos feitos no ano passado na conferência Rio+20.
A relatora Catarina de Albuquerque defende que a quantidade de água no mundo é a mesma há milhares de anos, mas a cooperação é fundamental para preservar o recurso.  
"Com a diferença de que hoje somos mais de 7 bilhões (de pessoas); com a diferença de que hoje temos piscina, temos campos de golfe, temos a indústria que consome imensa água; a agricultura que consome ainda mais água para alimentar a todos nós. E há muito desperdício de água. Nós temos que pensar nisso tudo, de uma maneira séria, corajosa e é de mãos dadas que isso se consegue. Caso contrário, não conseguimos nenhuma solução."

Visitas
Catarina de Albuquerque deve visitar, no primeiro semestre deste ano, a Tailândia e o Brasil. Em setembro, a relatora apresenta na Assembleia Geral da ONU um relatório sobre o direito à água.
A Unesco foi a agência da ONU escolhida para liderar todas as atividades relacionadas ao Ano Internacional para a Cooperação pela Água. Celebrações e eventos irão ocorrer ao longo de 2013 na sede da Unesco, em Paris, mas também em várias outras cidades do mundo.

Conferência
As atividades vão promover ações relacionadas à água, em áreas como educação, cultura, gênero, ciência e prevenção de conflitos. A primeira conferência sobre a cooperação pela água já está marcada para a próxima semana, em Zaragoza, na Espanha.
Neste ano, o Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, também terá como foco a cooperação.

Fonte: Rádio das Nações Unidas