sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Marina Silva discute desenvolvimento sustentável em São Luís

São Luís, 28 de setembro.
"Sustentabilidade é utilizar os nossos recursos sem comprometer o futuro dos que ainda não nasceram", diz Marina.

Marina Silva
A ex-ministra do meio ambiente, Marina Silva, que desembarcou em São Luís nesta quinta-feira (27) para reafirmar apoio à deputada Eliziane Gama (PPS) na disputa pela prefeitura da capital, esteve nesta manhã (28), no Grand São Luís Hotel para um encontro com lideranças, ambientalistas e movimentos sociais.

Na ocasião, a ambientalista discursou sobre o desafio da sustentabilidade que, para ela, não é apenas uma maneira de fazer as coisas, mas uma maneira de ser, um modo de viver. “Sustentabilidade é utilizar os nossos recursos sem comprometer o futuro dos que ainda não nasceram,” afirmou Marina.

Questionada pela nossa equipe, sobre como ela avalia a questão dos manguezais perante o novo código florestal, Marina foi sucinta, e afirmou que esse ecossistema é um dos mais prejudicados pelo código, uma vez que deixa de ser considerado área de preservação permanente. Disse ainda, que a sociedade deve continuar se mobilizando no sentido de reivindicar alterações no documento.

Na ocasião, um kit do Cermangue, contendo o livro MANGUEANDO: Brincando e Aprendendo com o Manguezal, régua e um jogo da memória foi entregue à candidata Eliziane Gama e à ex- ministra Marina Silva.

Além de Marina  e Eliziane, estiveram no evento, também, representantes de movimentos sociais, igrejas evangélicas, o candidato a vice-prefeito, Cabo Campos, o deputado Bira do Pindaré, dentre outros. 

Redação: Dianna Ribeiro
Revisão: Paiva Silva

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Congresso sentencia fim das florestas

São Luís, 26 de setembro
Medida Provisória do Código Florestal é aprovada na última votação no Congresso Nacional


Com apenas três votos contrários, a Medida Provisória do Código Florestal, peça faltante no quebra-cabeça da nova legislação, foi aprovada ontem (25) no plenário do Senado Federal. O resultado é a liberação de ainda mais áreas de floresta para novos desmatamentos e anistia a criminosos ambientais.
Em nome do que chamaram de “um acordo possível” para evitar uma dita “insegurança jurídica” no campo, o governo curvou-se aos anseios da bancada ruralista, deixando de ouvir os alertas dos cientistas e da sociedade civil. O texto, profundamente modificado pelos parlamentares, permite que novos desmatamentos surjam e que os velhos desmatadores sejam perdoados.
“O governo lavou as mãos e deixou o circo pegar fogo. E pegou. O resultado é um Código Florestal fraco, que não protege nossas matas e, em nome de pequenos agricultores, beneficia grandes desmatadores. Aqueles que saqueiam nosso patrimônio ambiental e destroem  florestas apostando na impunidade hoje estão felizes”, afirmou Márcio Astrini, coordenador da Campanha Amazônia do Greenpeace.
“Há algumas semanas, a presidente Dilma escreveu um bilhete à nação, dizendo que não concordava com o texto que foi aprovado. Agora ela precisa fazer valer sua palavra e vetar essa MP que saiu do Congresso”, completou Astrini.
Fonte: Greenpeace Brasil

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Afinal, é mangue ou manguezal?

São Luís, 24 de setembro.
Por Paiva Silva

Mangue ou Manguezal? Ou tanto faz? São sinônimos? Você com certeza já se questionou sobre isso algum dia, certo? Mas, afinal, é mangue ou manguezal? Pois é, esta é uma dúvida comum entre a maioria das pessoas. Porém, após a leitura deste texto, ela não mais existirá.
Entre a terra e o mar existe um ecossistema denominado manguezal. Segundo informações de biólogos, mangue é apenas a vegetação e manguezal é o ecossistema, que engloba toda a fauna e flora do lugar. Mas para os leigos no assunto (isso não será mais o seu caso), as duas terminologias significam, na prática, a mesma coisa.
Um local de transição entre os ambientes terrestres e aquáticos, característico de regiões tropicais e subtropicais. O manguezal se desenvolve em regiões da costa banhada por marés e o seu limite vai até os contornos das baías e estuários calmos de rios, formando trechos lodosos. As suas áreas são de elevada produtividade biológica, uma vez que seus componentes são representantes de todos os elos da cadeia alimentar.
O Manguezal é chamado de “berçário do mar” por ser o local preferido de diversos peixes e invertebrados marinhos, que lá desovam e reproduzem devido, principalmente, à temperatura morna, ideal para o desenvolvimento dos embriões. Também conhecido como “útero do mar”, é dos manguezais que saem muitos nutrientes que alimentam a vida marinha. Sendo composto de matéria orgânica em decomposição e argilosa, o solo dos manguezais torna-se um verdadeiro celeiro alimentar, produzindo e exportando matéria orgânica para as áreas costeiras, fertilizando essas regiões.
No Brasil, os mangues ocorrem de norte a sul do país. Eles desenvolvem-se nas reentrâncias da costa, onde a velocidade das correntes é reduzida e favorece o acúmulo de sedimentos trazidos, geralmente, pelos rios.
Agora, que você já sabe a diferença entre mangue e manguezal, continue acompanhando o blog Cermangue e saiba muito mais.
Revisão: Dianna Ribeiro
Informações: Livro "Conhecer para Preservar: a antropologia do manguezal

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Dia da árvore

São Luís, 21 de setembro

No Brasil, 21 de setembro é uma data de conscientização da população em relação ao meio ambiente: Comemora-se o Dia da Árvore. O mês marca o fim do inverno e a chegada da primavera, o despertar da natureza às flores, frutos, sol e céu azul. Por isso, o período foi escolhido para celebrar nacionalmente a importância dessas plantas.
Que tal plantar uma árvore hoje?

Velhas Árvores
Olha estas velhas árvores, mais belas 

Do que as árvores novas, mais amigas: 
Tanto mais belas quanto mais antigas, 
Vencedoras da idade e das procelas... 

O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas 
Vivem, livres de fomes e fadigas; 
E em seus galhos abrigam-se as cantigas 
E os amores das aves tagarelas. 

Não choremos, amigo, a mocidade! 
Envelheçamos rindo! envelheçamos 
Como as árvores fortes envelhecem: 

Na glória da alegria e da bondade, 
Agasalhando os pássaros nos ramos, 
Dando sombra e consolo aos que padecem! 

Olavo Bilac, in "Poesias"

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Pesquisas científicas apoiam conservação de manguezais no PA

São Luís, 20 de setembro

Pesquisadores do Museu Emílio Goeldi e da Universidade Federal do Pará, associados ao Programa Casa da Virada, do Instituto Peabiru, iniciam nesta semana, em Curuçá, no Salgado Paraense, um novo ciclo de estudos sobre os ecossistemas dos manguezais da região.

Localizado a 150 quilômetros de Belém, Curuçá é formado por 20 mil hectares de mangues protegidos pela Reserva Extrativista (Resex) Mãe Grande, parte do maior conjunto contínuo de manguezais do mundo. São 28 pesquisadores para fazer estudos da biodiversidade, em diversas áreas, sobretudo de espécies ameaçadas.

De acordo com o coordenador do Programa Casa da Virada, Richardson Frazão, o resultado das pesquisas busca subsidiar o plano de manejo da Resex, além de ser discutido com a comunidade local para o uso sustentável dos recursos naturais. "A comunidade precisa conhecer de fato quais os elementos naturais que estão no seu território para tomar decisões sobre o uso e monitorar eventuais impactos" – explica Frazão.
O trabalho dos pesquisadores vai durar até abril de 2013. Na região, desde a década de 1980, discute-se a construção de um megaporto para navios de alto calado e seu impacto nos ecossistemas locais e comunidades – o super-porto do Espadarte.
Para Frazão, as pesquisas auxiliam ainda na construção de indicadores e na sensibilização da população urbana de Curuçá sobre a importância do mangue para a economia da região. "Mais de 80% das residências da cidade tem mangue no quintal" – assinala.
Pescadores, catadores de caranguejo e marisqueiros dependem da conservação do mangue para a geração de renda e, segundo o coordenador das ações, qualquer desequilíbrio ambiental pode prejudicar milhares de famílias.
Fonte: Terra Magazine



segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Futuro de mangue depende de mosca

São Luís, 17 de setembro


Ao contrário da maioria das plantas, que têm na abelha seu principal polinizador, o mangue depende de uma mosca para se reproduzir. É o que mostra pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que analisou durante quatro anos a floração de um manguezal em Catuama, município de Goiana, na Zona da Mata Norte.

A mosca, da espécie Palpada albifrons, tem menos de dois centímetros e corpo preto e vermelho. O inseto busca o néctar das flores de três dos quatro tipos de mangue encontrados no local: o mangue-preto ou sereíba, o branco e o de-botão. Ao se alimentar do recurso, o inseto entra em contato com o pólen, e acaba transportando involuntariamente os grãos de uma para outra flor.

No pólen, produzido numa parte da flor chamada estame, estão os gametas masculinos das plantas. Os femininos ficam nos óvulos que se encontram no interior da flor, num órgão denominado gineceu.O único tipo de mangue que não precisa do inseto para se multiplicar é o vermelho. Os pesquisadores identificaram que, no caso dessa espécie, é o vento, e não um animal, que se encarrega de levar o pólen. É o que os botânicos chamam de anemofilia.

Além da mosca, o mangue conta com abelhas, borboletas, mariposas e vespas para se perpetuar. “Mas a mosca é o principal polinizador”, atesta a botânica Tarcila Correia de Lima Nadia. Professora do câmpus da UFPE em Vitória de Santo Antão, Tarcila realizou a pesquisa para a tese de doutorado em biologia vegetal da UFPE.

O trabalho, concluído em 2009, teve a orientação da professora do Departamento de Botânica da UFPE, Isabel Cristina Sobreira Machado. “As abelhas predominam como polinizadoras no Cerrado, na mata atlântica e na caatinga. O mangue foge à regra dos ecossistemas brasileiros”, atesta a pesquisadora.

Fonte: Jornal do Commercio-PE

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

SNCT 2012 incentivará debate visando conciliar sustentabilidade e crescimento



Conciliar sustentabilidade com o crescimento acelerado do setor industrial que impulsiona o país. Esse desafio foi lançado para estudiosos e pesquisadores do campo da ciência e, com isso, o Ministério da Ciência e Tecnologia está propondo para 2012 o debate sobre "Economia verde, sustentabilidade e erradicação da pobreza", tema da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que aqui no Maranhão acontece entre os dias 15 e 21 de outubro, coordenado pela Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sectec) e Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema). Para incentivar a participação dos pesquisadores na procura por essas alternativas e principalmente para popularizar a ciência e a tecnologia no Estado, o Governo do Maranhão, lançou um novo edital, através Fapema para que propostas de financiamento de projetos destinados a execução de eventos científicos e tecnológicos sejam realizados durante a Semana de Ciência e Tecnologia no estado.

O edital número 37/2012 - SCT, já está disponível para consultas no site da Fapema - www.fapema.br. As propostas online podem ser enviadas até o dia 21 de setembro e a divulgação das que forem aprovadas será feita a partir do dia 29 de setembro. O edital esclarece que os projetos devem ter o valor máximo de R$ 4 mil reais, individualmente. No edital, recursos financeiros totais no valor de R$ 200 mil reais estão disponíveis, já definidos pelo orçamento da instituição. Podem participar pesquisadores e professores vinculados à rede de Ensino Médio do Estado e às instituições de Ensino Superior e Ciência e Tecnologia.

Crianças e jovens - Nos últimos anos o Maranhão vem se destacando entre os estados brasileiros na realização de atividades durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. De 2008 até o ano passado, o número de atividades científicas durante a realização da Semana praticamente aumentou mais de cinco vezes, subindo de 256 para 1.112 no ano passado. Esses números fizeram com que o estado ocupasse o sexto lugar, no país, e o segundo no Nordeste na apresentação de projetos de conhecimento na Semana de Ciência e Tecnologia.
Foram projetos como o do professor doutor em ciências do solo, o engenheiro agrônomo Altamiro Souza de Lima Ferraz Júnior, que no ano passado apresentou na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, o projeto "Um dia de campo na produção orgânica de hortaliças". No projeto, quinze alunos de graduação em agronomia e do mestrado da Universidade Estadual do Maranhão, se revezavam na explicação sobre o manejo de pragas e doenças que atingem solo; a produção de mudas; e a elaboração de compostos para hortaliças nas várias estações em exposição.
"Com isso podemos observar como o projeto é importante, porque coloca o público da Semana, formado principalmente por crianças, adolescentes e jovens, por dentro da ciência. Elas precisam saber o que é feito e isso as integra. É uma ideia louvável e que precisa sempre ser muito incentivada e divulgada", avalia o pesquisador Ferraz Júnior.
A meta do Governo do Estado para este ano é chegar ao primeiro lugar no ranking, sendo o lançamento do edital uma estratégia para o alcance desse objetivo. Por meio da chamada pública o governo também quer incentivar a realização de atividade no interior do Estado, ampliando assim o número de municípios participantes da SNCT, o que também melhora a posição do estado em relação aos demais estados brasileiros. 
Este é o segundo edital já publicado pela Fapema para incentivar a participação na edição 2012 da Semana de Ciência e Tecnologia. No primeiro, o edital n° 17/2012, divulgado em maio, foram aprovadas dez propostas no programa de financiamento de projetos destinados a organização e execução de eventos científicos com foco na popularização da ciência.

Produção - Uma das contempladas foi a pesquisadora Patrícia Silva Figueiredo, doutora em microbiologia. Ela participou de todas as edições da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia que aconteceram no Maranhão. E se sente orgulhosa disso. "É um auxílio e tanto que prestamos à ciência. Isso ajuda a aceitação de que ciência não é uma coisa difícil. Aquela ideia errônea de dizer que quem faz ciência não é acessível", revela.
Em 2011, a pesquisadora apresentou na Semana de Ciência e Tecnologia o projeto "Popularização Científica do Uniceuma" que levou até os visitantes, serviços científicos que eram produzidos dentro da universidade. "Tivemos o estande lotado, porque eram pessoas ávidas pelo conhecimento. Participei do projeto "Fale com o Cientista" e a curiosidade dos jovens e das crianças era impressionante. Isso só comprova que o interesse existe. O importante é incentivá-lo cada vez mais".
Para este ano, ela promete levar novas ações, integrando pesquisas nas áreas de nutrição, engenharia e até arquitetura: todas promovendo o conhecimento científico de formas a trabalhar no conceito de sustentabilidade, economia verde e erradicação da pobreza. "A nossa ideia é essa, conversar, fazer a população interagir com que faz ciência e colocar as ideias em prática", diz.

Fonte: Secom 



terça-feira, 11 de setembro de 2012

São Luís celebra pela primeira vez o Dia Mundial de Limpeza das Praias

São Luís, 11 de setembro.

No próximo sábado, dia 15, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) vai realizar, pela primeira vez, em São Luís, o Dia Mundial da Limpeza das Praias - Clean Up The World. A campanha será marcada pela realização de um grande mutirão para recolhimento de lixo nas praias que margeiam a Avenida Litorânea.
O principal objetivo é sensibilizar a população para a prática de atitudes sustentáveis e de ações transformadoras em busca de soluções integradas para os problemas ambientais das praias da capital maranhense.
O evento também pretende nutrir, nos moradores e visitantes, os sentimentos de zelo e valorização das praias, bens de uso comum do povo e importantes patrimônios naturais da cidade, em um momento histórico tão importante: a comemoração dos seus 400 anos de fundação.
A programação do Dia Mundial da Limpeza das Praias, em São Luís, será desenvolvida durante toda a manhã. O evento será aberto às 8h, na praia do Calhau, em frente ao Círculo Militar (maior ponto de concentração) e nos ecopontos distribuídos ao longo da orla entre o Círculo Militar (praia do Calhau) e a Praça do Pescador (Praia de São Marcos).
A jornada terá início com atividades físicas preparatórias para o mutirão de limpeza (8h). Em seguida, às 8h30, será feita a entrega do material de coleta (sacolas, luvas e formulários) aos grupos de voluntários no principal ponto de Concentração (Círculo Militar-Praia do Calhau) e nos ecopontos localizados ao longo da orla (entre o Círculo Militar e a Praça do Pescador-onde estarão montados os estandes da organização do evento e das instituições e órgãos parceiros).
Às 10h será iniciada, oficialmente, a ação de coleta de resíduos em São Luís e em todas as cidades que participam da campanha no Brasil. O evento será encerrado às 13h, na Praça do Pescador (Praia de São Marcos), com a destinação dos resíduos recolhidos e uma grande confraternização com os voluntários.

O Cermangue apoia esta ideia.

Fonte: SEMA

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Cermangue tem mais uma grande conquista


São Luís, 05 de setembro.
Por Paiva Silva

Na manhã desta segunda-feira (3), o Cermangue registrou mais uma grande conquista: a aquisição oficial da Casa de Vegetação e Viveiro do Departamento de Oceanografia e Limnologia da UFMA. Em reunião com professores do departamento, o Reitor Natalino Salgado Filho assinou a autorização para construção desses espaços em um terreno na área onde está localizada a sede da Associação de Professores da Universidade Federal do Maranhão- Apruma.

Ontem, terça-feira, Flávia Mochel, Coordenadora do Centro e autora do projeto da casa de Vegetação e Viveiro se reuniu com o prefeito de Campus, José Augusto Medeiros, para tratar da parte de infraestrutura dos ambientes.

A casa de Vegetação e  Viveiro serão construídos com verba de um convênio entre a UFMA e a Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), e trará, segundo Flávia Mochel, inúmeros benefícios ao Curso de Oceanografia.