segunda-feira, 13 de maio de 2013

A outra “Belo” que está se instalando à beira do rio Xingu

São Luís, 13 de maio de 2013



Depois de realizar pesquisa mineral por cerca de três anos, a mineradora canadense Belo Sun pretende instalar no município de Senador José Porfírio (Pará) o Projeto Volta Grande, o maior projeto de mineração de ouro a céu aberto do Brasil, segundo afirma no seu site. A empresa espera que a Licença Prévia (LP) seja emitida ainda neste semestre e afirma que atuará de acordo com as melhores práticas socioambientais. No entanto, o processo de licenciamento ambiental do empreendimento enfrenta impasses, como apurado nesta reportagem. A sociedade local teme por potenciais impactos ambientais, como riscos futuros ao abastecimento e à qualidade da água por assoreamento e lançamento de poluentes, além de uso de explosivos, desmatamento e acúmulo de resíduos tóxicos que poderiam afetar o rio Xingu e, consequentemente, povos indígenas e ribeirinhos. 

Mas no centro dos debates há também outro complicador já reconhecido por instituições como o Ministério Público Federal (MPF), a Defensoria Pública do Estado do Pará e a Fundação Nacional do Índio (Funai), além de organizações não-governamentais como o ISA (Instituto Socioambiental). O principal reservatório da polêmica usina hidrelétrica de Belo Monte, em construção na cidade de Altamira, está a 50 km da área onde a mineradora pretende instalar suas operações. Embora sejam projetos independentes, devido a essa proximidade, segundo os críticos, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da Belo Sun deveria ter levado em consideração os efeitos conjuntos dessas duas grandes obras na região da Volta Grande, trecho de cerca de 100 Km do rio Xingu, que poderá ter sua vazão reduzida em até 80% nos próximos anos devido ao represamento da água destinada às operações da hidrelétrica de Belo Monte. 
Fonte: eco Reportagens

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Preservar a natureza ajuda a combater a malária, diz estudo

São Luís, 03 de maio de 2013

Equilíbrio ecológico pode ser um dos fatores que ajuda a eliminar o transmissor da doença que atinge principalmente a região amazônica

99,5% dos casos de Malária no Brasil ocorrem na região da Floresta Amazônica, de acordo com o ministério da saúde
Fatores ecológicos podem impedir a transmissão do plasmódio, micro-organismo causador da malária. É o que aponta uma pesquisa realizada pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) na Ilha do Cardoso, área preservada de mata atlântica no litoral sul do Estado de São Paulo.
O estudo mostra que a biodiversidade de aves e de mamíferos, bem como a de mosquitos não-vetores do parasita, interrompem a cadeia de 
De acordo com o biólogo Gabriel Zorello Laporta, um dos autores da pesquisa, o modelo clássico de transmissão da malária não incorpora os efeitos das inteervenções ecológicas sobre o vetor e os hospedeiros, que podem influenciar ou não a transmissão da doença para os seres humanos. “Os fatores chaves são o vetor (mosquito), que incorpora o parasita ao picar um hospedeiro infectado e que pode levá-lo a um hospedeiro suscetível”, diz o biólogo.

“É um sistema simples, em que nenhum fator externo tem influência”, afirma, ressaltando que, “no entanto, o vetor e os hospedeiros não estão inertes e, dentro do ambiente, realizam interações que podem criar uma instabilidade na dinâmica e, dessa forma bloquearem a transmissão”, afirma.
Os pesquisadores desenvolveram um modelo teórico que foi testado na Ilha do Cardoso, que é uma unidade de conservação da Mata Atlântica situada no litoral sul do Estado de São Paulo. “Nessa região não há presença do parasita, apesar das áreas nas proximidades serem endêmicas para a malária”, diz o cientista. “Dois fatores ecológicos poderiam bloquear a dinâmica de transmissão: os níveis altos de biodiversidade de aves e mamíferos, e também a diversidade de mosquitos não-vetores”.
Segundo ele, os animais podem ser picados pelo mosquito que transmite o parasita, o qual não se desenvolve. “Isso corta a cadeia de transmissão, o que faz com que sejam conhecidos como hospedeiros não competentes ou ‘dead end’ [sem saída]”, afirma Laporta. “Se a alta abundância dessas espécies bloqueia a transmissão, no sentido inverso, uma presença baixa ou média de espécies pode ter o efeito inverso”.  
Fonte: Globo Rural

Conheça os principais inimigos das árvores nas zonas urbanas


São Luís, 03 de maio de 2013


Ao observar irregularidades em alguma árvore na zona urbana, procure sempre o órgão responsável pela gestão ambiental de sua cidade. Foto: André Lage/Flickr
Conhecer as principais ameaças que as árvores da zona urbana estão expostas é um bom começo para preservá-las. Muitas vezes, as irregularidades nas plantas são bem perceptíveis, e pode ser fácil pedir que as autoridades competentes façam reparos nas árvores.
Além de serem importantes elementos para compor a paisagem das cidades, é comprovado que as árvores das praças, parques e calçadas aumentam a qualidade de vida das pessoas, melhorando não só o ar e equilibrando temperaturas, mas também estabelecendo uma relação mais ampla do homem com a natureza, além de promover maior interação entre as pessoas. É preciso ficar atento aos inimigos mais perceptíveis que ameaçam as árvores na zona urbana.
O Cermangue compartilha aqui algumas dicas legais que podemos ter com as árvores:
Fique de olho na fiação elétrica
Em primeiro lugar, os galhos das árvores que servem como “caminho” para a rede elétrica precisam estar podados, para que as folhas não atrapalhem os fios de alta tensão que passam por ali.

Outra estratégia é perceber se a árvore está equilibrada: caso esteja com peso distribuído de forma irregular, este pode ser um dos fatores que levem a árvore a cair, mesmo fora da época de fortes chuvas. O problema se agrava quando ocorre a queda da árvore que está muito próxima da fiação da rede elétrica, podendo acontecer uma interrupção no abastecimento de energia.
Tome cuidado com o cimento
O material de construção é um dos maiores inimigos para o crescimento das árvores nas zonas urbanas: além de empobrecer o solo, o cimento ainda sufoca as raízes das plantas, diminuindo a capacidade de sustentação e fazendo com que as árvores fiquem mais baixas e mais frágeis.

Fungos à vista
Os fungos se alastram nas árvores não só por influência do clima úmido, mas também por podas mal feitas e por pregos inseridos nos troncos e galhos, que são portas de entrada para cogumelos e outras espécies. Se as autoridades responsáveis não forem acionadas a tempo, os fungos invadem o interior das árvores, deixando-as fracas e doentes.
Fonte: Envolverde: Jornalismo e Sustentabilidade