terça-feira, 27 de setembro de 2011

Caranguejos "na lama"


Manguezais, berçários de várias espécies animais, sofrem redução no Rio

Por joão Ricardo gonçalves

Imagem do google
Tema de várias músicas narrando a vida sofrida dos catadores de caranguejo que tiram seu sustento da lama, os manguezais são, do ponto de vista ecológico, áreas nobres e descritas como ‘berçários’ de vida costeira. No Rio, várias dessas ‘incubadoras’ têm sofrido perdas significativas. É o que mostra estudo do engenheiro cartográfico e pesquisador da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Gilberto Pessanha Ribeiro.

No estudo, com apoio da Faperj, ele analisou imagens de manguezais captadas por satélites e também os visitou. O levantamento confirma perdas de já conhecidas áreas de mangues na Região Metropolitana do Rio — como em São Gonçalo, onde houve diminuição de 17% na vegetação. A pesquisa também aponta devastações na Região dos Lagos, que perdeu 30% de seus manguezais. Cidades próximas dali também sofrem. “Os principais motivos são a explosão imobiliária, com a ocupação do litoral de municípios como Rio das Ostras, Macaé, Carapebus e Quissamã”, explica o pesquisador.

Imagem do google
Além disso, a região do estado do Rio de Janeiro onde os mangues estão mais preservados — a parte norte da foz do rio Paraíba do Sul — fica num município onde a população vai crescer bastante: São João da Barra, que também abriga as praias de Atafona e Grussaí. A cidade vai passar por grandes transformações com a instalação do Complexo Portuário (Superporto) do Açu, a ser inaugurado em 2012.

Atualmente, parte da área do município pertence a investidores particulares, nacionais e estrangeiros, que estão projetando pólos populacionais e uma nova cidade. Pessanha afirma que novas ocupações devem ser mapeadas — a população local pode passar dos 30 mil habitantes atuais para mais de 120 mil em apenas cinco anos.
Empresa responsável pelas obras no Porto do Açu, a LLX informou que não há registro de mangue na área de influência do empreendimento e que desenvolve mais de 50 programas socioambientais na região, inclusive a manutenção de uma área de proteção ambiental, protegendo uma zona de restinga.

Fonte: http://odia.terra.com.br/portal/cienciaesaude/vidaemeioambiente/html/2011/9/caranguejos_na_lama_194678.html

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

CURTA O MAR na SNO


 Por Paiva Silva, Relações Públicas-Cermangue

O Cermangue levou para a XXIII SNO o Cine Socioambiental "Curta o Mar" que exibiu, durante quatro dias, vídeos de curta-metragem, com enfoques ecológicos, científicos, tecnológicos, sociais, culturais, políticos e econômicos sobre a água, os oceanos e os rios, e temas correlatos. Após cada filme havia uma roda de debate entre os presentes.
O Cine Socioambiental é uma iniciativa do LAMA/Cermangue no intuito de trazer para discussão pública, temas socioambientais, visando a sensibilização da comunidade acadêmica e da sociedade civil como um todo, para as necessidades urgentes do nosso ecossistema.
O Cine Curta o Mar segue uma agenda desde março de 2011 e recebe sugestões e doações de vídeos sobre a temática. A próxima exibição do cine será na SNCT de 18 a 21 de outubro de 2011.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Professor Oliveira recebe título de patrono do Cermangue

Por Paiva Silva, Relações públicas-Cermangue

Durante as atividades do Cermangue na SNO 2011, o Professor Oliveira, como é chamado, recebeu da Professora Flávia Mochel, Coordenadora do projeto, a placa de honra do Centro de Recuperação de Manguezais.
O Vice-Reitor recebeu o título de patrono do Cermangue pelo apoio e incentivo que sempre dedicou ao centro, e disse ficar muito feliz com a homenagem. “Sinto-me honrado em receber esta placa do Cermangue e bem mais pelo título de patrono desse projeto que desenvolve um trabalho tão importante. E me disponho a continuar apoiando todas as iniciativas do Centro, na recuperação dos nossos manguezais de São Luís, da região e do país como um todo”, afirmou Oliveira.
 Na sua passagem pela SNO o professor fez questão de fazer seu credenciamento, e em clima de muita alegria e descontração, brincou com o pessoal da organização.
 Antonio José Silva Oliveira é Doutor em Física pela Universidade Estadual de Campinas e atual Vice-Reitor da Universidade Federal do Maranhão.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Petição Pública

 Carta enviada à Presidência e petição pública buscam promover uso de
parte dos recursos em educação, ciência, tecnologia e inovaçã
o
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A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e a Academia Brasileira de Ciências encaminharam, conjuntamente, uma carta à Presidência da República exortando a necessidade de que 30% dos recursos provenientes dos royalties de partilha destinados aos Estados, Municípios e Distrito Federal na exploração das reservas de petróleo na camada pré-sal sejam destinados à educação e ao sistema de CT&I (Ciência, Tecnologia e Inovação).

 Na busca por apoio público à medida, foi criada também uma petição pública (http://www.peticaopublica.com.br/?pi=PL8051), que pode ser assinada eletronicamente.

O Cermangue apoia esta ideia.Se você concorda com a medida, não deixe de endossar.



 


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Viveiro Virtual Cermangue: atração na SNO

Por Paiva Silva, Relações públicas-Cermangue

Uma das atrações do estande Cermangue/LAMA na XXIII Semana Nacional de Oceanografia foi o Viveiro Virtual, uma forma criativa de sensibilizar e divertir os visitantes, que fez o maior sucesso durante o evento.
O viveiro virtual buscou chamar a atenção dos participantes da semana, de forma divertida, quanto à necessidade de cuidar e preservar os manguezais, bem como todo e qualquer ecossistema.

“Foi muito legal escolher e plantar minha muda e deixar essa mensagem de preservação dos nossos manguezais”, disse o estudante de Oceanografia, Daniel Campêlo, da Universidade Federal do Ceará.

Estudante plantando no viveiro

Professores e estudantes apreciaram o viveiro, que recebeu representantes de vários estados brasileiros, ficando, assim, chamado de Viveiro Virtual Regional. Quem passou por ali não deixou de escolher sua muda e plantar essa ideia.

Cermangue leva ciência e diversão à SNO

Por Paiva Silva, Relações públicas-Cermangue         

A XXIII Semana Nacional de Oceanografia, sediada pela Universidade Federal do Maranhão, de 07 a 12 de agosto, de 2011, que levou a debate o tema “Ecossistemas costeiros tropicais: potencialidades, riscos e desafios” teve a participação integral do Cermangue, que carimbou sua presença desenvolvendo atividades durante todo o evento.
O Centro de Recuperação de Manguezais (Cermangue), juntamente com o LAMA (Laboratório de Manguezais), ambos coordenados pela Professora Flávia Mochel, levaram aos visitantes, em um estande duplo, muita informação, conhecimento científico, curiosidades, etc. além de forte campanha de sensibilização e incentivo de cuidados ao meio ambiente. E tudo isso mesclado a muito bom-humor e descontração.
Professores e estudantes que passaram pelo estande Cermangue/LAMA puderam ter acesso a pesquisas científicas, amostras, material informativo, etc. e, claro, se divertiram, plantando suas mudas no viveiro virtual e fotografando no caranguejo e no mangue vermelho, atrações do estande.
O projeto ainda desenvolveu várias atividades durante a semana, o que você confere nas próximas matérias.

Confira todas as fotos na Galeria.


                                              

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

“Quinta da Ciência” mostra realidade quilombola de Alcântara



Atividade cultural da SBPC/MA usa o cinema para promover a ciência



A Secretaria Regional do Maranhão da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC/MA) realizou nesta quarta-feira, 31, a primeira edição do Projeto “Quinta da Ciência” que aconteceu no Auditório Central, Campus - Bacanga. O Projeto “Quinta da Ciência” tem por objetivo provocar na comunidade o interesse pelo conhecimento científico, tecnológico, pela cultura, igualdade étnico-racial, pelas questões ambientais, pela arte e pela diversidade de manifestações através da realização de diversas atividades.

Dinâmica do Projeto:

Em uma quinta-feira de cada mês deverão ser realizadas oficinas, palestras, conferências, mesas-redondas, entre outros acontecimentos, com o propósito de integrar Ciência e Cultura junto à comunidade. Estiveram presentes no evento a nova diretoria da SBPC/MA que é formada pelo Prof. Msc. Luíz Alves Ferreira, Secretário Regional da SBPC/MA; Profª Drª Marize Helena de Campos, Secretária Adjunta da SBPC/MA; Profª. Drª Maria Helena Alves Lima, Tesoureira da SBPC/MA e José Maria Dias Bezerra, Membro Consultivo.

O tema da 1ª edição do Quinta da Ciência foi “Alcântara: o Maranhão na era Espacial” onde foi exibido o filme “Céu sem eternidade”, do
Projeto de Extensão “Casarão Universitário”. Na mesa de debate sobre o filme estiveram presentes a Profª Drª Vera Lúcia Sales, Ivo Fonseca, Membro da Coordenação Nacional de Quilombolas, Prof. Msc. Luíz Alves Ferreira e Profª Drª Marize Helena de Campos.

Sobre o vídeo:

O filme “Céu sem eternidade” é um documentário produzido por alunos do curso de Comunicação Social da UFMA, sob a coordenação da Profª Vera Lúcia Sales e pela cineasta Eliane Caffé. O longa-metragem retrata a realidade vivida por quilombolas da cidade de Alcântara-MA que convivem com as consequências provocadas pela instalação do Centro de Lançamento de Foguetes de Alcântara (CLA).

De acordo com o Prof. Msc. Luíz Alves Ferreira, o filme discute os direitos dos quilombolas de forma ampla e realista. “É importante ressaltar que aquela realidade dos quilombolas não se remete a apenas Alcântara, mas ao Maranhão, ao Brasil e ao mundo. É de extrema importância trazer essa discussão para a comunidade acadêmica, pois através da ciência pode-se promover melhor o desenvolvimento humano”, disse. 

Lugar: Auditório Central - UFMA
Fonte: Michelle Almeida/ASCOM
Notícia alterada em: 02/09/2011 15h35

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Relator do Código Florestal quer estádios em áreas nativas


POr LARYSSA BORGES
Relator do projeto que define o novo código florestal brasileiro, o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) apresentou nesta quarta-feira à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do senado proposta que autoriza a ocupação e desmatamento de vegetação nativa em áreas de preservação permanente (APP) para a construção de estádios de futebol e de infraestrutura que garanta condições para o Brasil sediar, de forma favorável, a copa do mundo de 2014 e as olimpíadas de 2016. São APPS, por exemplo, as áreas de mananciais, encostas, manguezais e matas ciliares.
"Inserimos a expressão 'estádios e demais instalações necessárias à realização de competições esportivas municipais, estaduais, nacionais ou internacionais' para garantir a sua construção, especialmente pela urgência do governo em viabilizar as obras da copa do mundo de 2014 e das olimpíadas de 2016", defendeu Luiz Henrique.
Senador Luiz Henrique da Silveira 
Em seu relatório, que ainda será analisado pelo senado e foi alvo de pedido de vista coletiva na CCJ, o senador também mantém o polêmico artigo 8º, aprovado pela câmara dos deputados, que prevê que atividades agropecuárias realizadas nas APPS até julho de 2008, poderão ser mantidas.
Para o senador, a existência de atividades rurais nas áreas consolidadas não significa autorização para nova derrubada de florestas. Futuros programas de regularização ambiental definirão, segundo ele, como regularizar as atividades nessas regiões. As APPS são consideradas áreas de grande importância ecológica por preservar recursos hídricos, a paisagem, a biodiversidade e garantir a não deterioração do solo.
Conforme o relatório de Luiz Henrique, o senado também deve deixar claro que os estados têm direito de legislar sobre matérias ambientais e que essa prerrogativa não deve ser exclusiva da união. "Até onde é constitucional à união tratar de assuntos em que as peculiaridades locais e regionais necessariamente alterarão o resultado da aplicação de uma lei? Ressalvado o bem jurídico água, não há qualquer proibição para o exercício da competência legislativa estadual sobre os outros bens jurídicos ambientais, especialmente flora", opinou o parlamentar.
"Nossos estados têm abissais diferenças inter e intra-regionais. Não se pode ter uma única lei federal ambiental detalhada e exaustiva, impondo regras iguais para territórios tão desiguais. Se a lei nacional assim o fizesse seria inaplicável, inexequível. Só existe uma certeza: uma única norma federal, exclusiva, seria um fracasso nas nossas metas de desenvolvimento sustentável", defendeu o relator.