Matéria modificada em 16/11/11
Em uma parceria com a bióloga Clarice Panitz, o ecologista André Freyesleben e técnicos do Instituto Mangue Vivo, de Florianópolis, o cineasta e diretor do Departamento Artístico Cultural da UFSC Zeca Nunes Pires está dirigindo mais um documentário.
A produção, que deve ser lançada em abril de 2012, vai abordar o manguezal localizado no bairro do Itacorubi, próximo à Universidade, e pretende alertar a população sobre o descaso da administração local com relação ao “berçário natural”. O documentário começa a ser produzido em um momento de preocupação ambiental da Organização das Nações Unidas, que lançou recentemente uma política mundial de reflorestamento dos manguezais.
O filme deve ser composto de imagens do mangue do Itacorubi, entrevistas com especialistas e população local. Depois do sucesso nacional e internacional do filme “A Antropóloga”, Zeca Pires participa da direção do documentário que pretende incentivar a preservação dos mangues. “Estamos ainda no início das filmagens, temos cerca de três horas de gravação, o que ainda é muito pouco. Como é um documentário, estamos ainda na fase de ‘descoberta’”.
O trabalho está sendo baseado em pesquisas de Clarice Panitz. A bióloga foi por muitos anos professora do Centro de Ciências Biológicas da UFSC e pesquisadora dos manguezais do Estado. Clarice agora é a idealizadora do documentário e pretende defender os mangues como fatores essenciais à fauna e à flora, além de promover a função desse tipo de vegetação no impedimento do avanço natural das marés.
“Apesar de todos os benefícios, o governo local ainda despreza, aterra, despeja lixo e constrói em cima desses grandes mananciais de vida”, preocupa-se Clarice. A pesquisa para a execução do documentário é financiada pelo edital de recuperação de bens do Ministério Público.
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