quarta-feira, 29 de junho de 2011

XXIII Semana Nacional de Oceanografia

 
 
      A Semana Nacional de Oceanografia - SNO é um dos eventos mais tradicionais da oceanografia brasileira. Com 22 edições realizadas o encontro já foi sediado em vários estados do Brasil, e é organizado desde 1987 por estudantes de graduação.
        Neste ano de 2011, a capital maranhense, São Luís, sediará a XXIII SNO, de 07a 12 de agosto, no Departamento de Oceanografia e Limnologia, Campus do Bacanga-UFMA, que terá como tema “Ecossistemas Costeiros Tropicais: Potencialidades, Riscos e Desafios”. O evento dará enfoque às características regionais do litoral maranhense (Reentrâncias, Golfão, Lençóis e o Delta).
        A programação da semana será constituída por mesas-redondas, mini-cursos, oficinas, apresentações de trabalhos científicos, vivências de campo, reuniões para discutir assuntos pertinentes da profissão, jogos esportivos universitários, eventos culturais e uma excursão à cidade de Barreirinhas (Lençóis Maranhenses).
Tendo como objetivo integrar a comunidade de oceanógrafos (estudantes e profissionais) por meio de um evento contextualizado e de extrema importância, que trará intercâmbio de informações e conhecimento entre alunos, pesquisadores e profissionais de diferentes instituições (Ensino, Pesquisa, Governamentais e ONGs).
O Cermangue participará da Semana oferecendo o mini-curso "Introdução à Recuperação de Manguezais Degradados", que será ministrado pela Profa. Dra. Flávia Mochel (UFMA), Coordenadora do projeto.
Informações, inscrições e programação, acesse o link: http://www.sno2011.ufma.br/index.php

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Manguezais degradados têm salvação

Matéria publicada no Jornal da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
Edição nº7-Novembro de 2010


Método utilizado no Maranhão garante rápida recuperação

A pesquisadora maranhense Flávia Mochel, do Departamento de Oceanografia e Limnologia da UFMA, desenvolveu um processo rápido de recuperação dos manguezais. 
       Primeiramente, os propágulos do mangue (sementes já germinadas) são coletados em áreas lamosas e alagados. Em seguida, são cultivados em viveiros e recebem acompanhamento constante. Em alguns meses, as plantas são devolvidas  aos bosques de mangue. São ''ecossistemas complexos e variados e dependem, também, da preservação de estuários, apicuns, planícies de marés, recifes de coral e praias'', destacou a pesquisadora.
       Os manguezais brasileiros estendem-se por 6.800 km da costa do país e são os mais desenvolvidos do mundo. “Somente no Maranhão, existem sete tipos distintos de manguezal”, explicou Mochel.
 Preservar para proteger
       A pesquisadora alertou para a necessidade de preservação dos mangues, um dos responsáveis, por exemplo, pelo controle do fluxo de marés. “Já conseguimos comprovar que o manguezal evita que o excesso de água avance pelo continente'', afirmou Mochel.
       Os mangues estão sendo destruídos a uma taxa quatro vezes maior do que as demais florestas do mundo. Os impactos ambientais advêm de desmatamentos, canalizações, queimadas e barragens. Segundo a pesquisadora, esse ecossistema só consegue cumprir sua função de proteger a costa de problemas como a erosão, assoreamento, enchentes e ventos se houver a manutenção de densidade, espécies e uma faixa extensa de manguezal.

       Além dos bens e serviços ambientais, com a biodiversidade e o patrimônio genético, os manguezais têm um papel importante na dieta humana. "Mais de 100 mil famílias maranhenses vivem do recurso do caranguejo. A perda desse patrimônio não é só uma perda ambiental, mas econômica, social e de proteção alimentar", concluiu.



   Baseado em matéria de Rômulo Gomes, do Núcleo de Difusão Científica-Fapema.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Revista Com Ciência Ambiental- Mangue, ciência para preservá-lo





        Nosso trabalho nos manguezais do Maranhão foi acompanhado pelo competente jornalista Paulo Melo Sousa, engajado com os assuntos ambientais do Maranhão.
        Durante alguns dias, Paulo conversou, acompanhou e se atolou comigo pelas lamas de AlcÂntara, MA, em busca de um conhecimento lapidado pelo tempo e em contínua transformação. As múltiplas histórias tecidas na trama das raízes retorcidas e nas miríades de conchas nas praias
      Assim é o manguezal. Assim é essa vida de pesquisadora que eu levo, lavo, louvo, cozinho e costuro, em casas de argila sob o céu salpicado de folhas e estrelas.

     A Revista Com Ciência Ambiental é uma publicação da Editora Casa Latina, de São Paulo, especializada e comprometida com as questôes da sustentabilidade ambiental.